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´´A comida sem tempero é como a vida sem paixão: não tem sabor e desconhece-se o prazer.`` (Fingalwiils)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Dia do Cacau!!!

Olá!

Próximo sábado é comemorado o Dia do Cacau

Do cacau ao chocolate gourmet ou um simples bombom. No próximo dia 26 é chegada a hora de comemorar o Dia do Cacau, base dessa guloseima tão querida.

O fruto, que antigamente era consumido somente em forma de bebida amarga e quente, já foi reverenciado pelos astecas e cortejado pelos europeus, até ser processado em tabletes e chegar ao que conhecemos hoje. Os astecas – que consumiam na forma amarga – acreditavam que o cacau era um presente do deus dos ventos gelados e da lua prateada, Quetzalcóatl, envolto em tantas crenças seu líquido só podia ser bebido em taças de ouro. Já os europeus não gostavam desse sabor e adicionaram especiarias, açúcares e outros condimentos, a bebida era privilégio das elites.


Da moagem das suas amêndoas secas é produzido o chocolate, sua polpa também é utilizada para outros fins, como na produção de sucos, geleias, licores, cervejas, doces, sorvetes. Até a casca pode ser aproveitada na fabricação de alimentos para bovinos, suínos, aves e peixes. Dele não sobra nada.

E falando de fabricação, até o ano de 1778 era a Espanha que detinha a maior produção de cacau e chocolate do mundo, depois passou a ser industrializado nos Estados Unidos e na Holanda. O cacaueiro é originário das nascentes dos rios Amazonas e Orenoco, depois ultrapassou os Andes, atingindo Venezuela, Colômbia, Equador, América Central, México e, claro, o Brasil. Desde a sua chegada aqui, a cacauicultura passou a fazer parte da cultura e história do país, principalmente no sul baiano, maior região produtora e onde foi criado até o Instituto de Cacau da Bahia, em 1931.

Terroir baiano


Desde que o cacau chegou ao sul da Bahia, por volta de 1756, foi reconhecido como um dos melhores do mundo. Os grãos ultrasselecionados conquistaram classificação especial na Bolsa de Valores de Nova York e o fruto também serviu de inspiração para o principal cronista da região, Jorge Amado. A fama do cacau durou até a década de 1980, quando a praga vassoura-de-bruxa devastou as plantações da região.

Cerca de vinte anos depois, quase esquecido na região, o cacau volta a reinar em solo baiano pelas mãos de Diego Badaró e do americano Frederick Schilling, com a criação da Amma Chocolate, que trabalha com chocolate orgânico e gourmet, feito do grão à barra pela empresa.

A Amma tem como missão, segundo os sócios, fazer o chocolate da mais alta qualidade do Brasil, um dos melhores do mundo. Para isso, Badaró e Schilling uniram seus conhecimentos sobre o assunto. O primeiro é descendente de família de cacaueiros do sul da Bahia e o estadunidense foi o fundador da Dagoba Organic Chocolate, vendida à multinacional Hershey, em 2006.

Para os mercados norte-americano e europeu são enviados mais da metade da produção de cacau anual, em torno de 60 toneladas. Outra parte é encaminhada para o chocolatier francês François Pralus, que abastece restaurantes como o La Maison Troisgros, em Roanne, França. E, o restante é transformado em barras Amma – comercializados no mercado nacional desde março.

Os produtos da Amma Chocolate são classificados pela concentração de cacau: ao leite de 30 e 45%; e dark e noir (meio amargo e amargo) de 50, 60, 75 e 85%.

Os chocolates da grife carregam o status de gourmet, sendo o primeiro chocolate premium brasileiro, produzido na Bahia. Eles são menos doces, mais caros e, sem dúvida, muito mais saudáveis. As barras são vendidas por uma rede selecionada de clientes em Brasília, São Paulo, Salvador, Goiânia, Florianópolis e Juiz de Fora.
(TIRADO DO SITE: QUEROCOMER)

Até breve!

Patrícia Morais

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